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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ana Wiesenberger

Em Idades é possível encontrar o percurso de uma vida num caleidoscópio de imagens. Adivinha-se, por entre as páginas, a miúda traquinas e vivaça, a adolescente sedenta de vida, a mulher adulta à procura da realização pessoal e do amor, e a figura algo andrógina de meia-idade, dobrada pela doença e pelo medo da morte.
Todavia, Idades é muito mais do que isso: vai conduzir o leitor a uma cumplicidade de sorrisos e recordações há muito esquecidas num canto da mente.
Não há nesta obra um promontório de dor e desilusão, mas antes uma promessa de transcendência e vitória, de transformação e sentido perene.

Idades não é uma bola de cristal que permite entrever uma vida através dos seus momentos mais emblemáticos, assinalados pela voz dos poemas. Idades é um espelho mágico em que o leitor se pode ver e amar enquanto sujeito ao comungar de um modo directo ou indirecto das respirações da poetisa.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) 

Sobre a autora:

Ana Wiesenberger, de nome completo, Ana Cristina Estrela da Silva Franco Dias Wiesenberger, nasceu em Lisboa em 1962 onde viveu até aos 10 anos, tendo residido desde então em Setúbal.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante Inglês/Alemão pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na década de oitenta, tendo posteriormente feito um Pós -Graduação em Estudos Americanos na Universidade Aberta.
Leccionou durante mais de vinte anos no Ensino Básico e Secundário em várias escolas na cidade de Setúbal e no Pinhal Novo, estando actualmente reformada por invalidez.
Na sua escrita há um registo poético intimista a par e passo de outros poemas mais direccionados para o exterior, nomeadamente na presença forte da natureza enquanto envolvência e partilha. Há ainda uma outra vertente, a poesia dita de intervenção, suscitada pelas vivências de um quotidiano consciente da realidade socioeconómica e política do seu país.
A ambição da autora é que a sua poesia chegue ao homem comum, que não seja apenas abrangida por elites intelectuais, daí a procura constante da língua enquanto veículo acessível à mensagem clara e não fechada e excessivamente cifrada. O poema mais emblemática da estética pretendida é o que dá o nome ao seu blogue, Quero Trazer A Poesia Para A Rua.

Fontes: 


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